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sábado, 30 de abril de 2011

Um país que permite um estupro em cada esquina.




"Eu tava há 4 meses grávida. Ele me deu uma surra tão violenta que eu caí, desmaiei, aí quando eu acordei eu tava numa poça de sangue assim, tinha saído da minha boca, do meu rosto. Quando eu tava assim ele me pegou pelos cabelos, me puxou e falou: 'você vai morrer'. ''

A cada ano, mais de 2 milhões de mulheres são espancadas por maridos
ou namorados no Brasil. Os motivos, em sua maioria, são esdrúxulos - referem-se à discussões ligadas à convivência entre vítima e agressor (educação dos filhos; limpeza e organização da casa; divergência quanto à distribuição das tarefas domésticas) .

Complementa ainda que o sentimento de posse do homem em relação à mulher e filhos, bem como a impunidade, são fatores que generalizam a violência. Há quem afirme que em geral os homens que batem nas mulheres o fazem entre quatro paredes, para que não sejam vistos por parentes, amigos, familiares e colegas do trabalho. A cultura popular tanto propõe a proteção das mulheres (em mulher não se bate nem com uma flor) como estimula a agressão contra as mulheres (mulher gosta de apanhar) chegando a aceitar o homicídio destas em casos de adultério, em defesa da honra. Outra suposição é que a maioria dos casos de violência doméstica são classes financeiras mais baixas, a classe média e a alta também tem casos, mas as mulheres denunciam menos por vergonha e medo de se exporem e a sua família. Segundo Dias o fenômeno ocorre em todas as classes porém mais visíveis entre os indivíduos com fracos recursos econômicos.

http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/98170/lei-10778-03 Lei 10778/03 | Lei no 10.778, de 24 de novembro de 2003

A Lei Maria da Penha cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.

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É importante que o limite seja imposto pela mulher: "não vou aceitar uma situação de violência".

O termo Direitos da Mulher refere-se à liberdade inerente e reclamada pelas mulheres de todas as idades, direitos ignorados ou ilegalmente suprimidos por leis ou por costumes de uma sociedade em particular.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), são direitos das mulheres:

  1. Direito à vida.
  2. Direito à liberdade e à segurança pessoal.
  3. Direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação
  4. Direito à liberdade de pensamento.
  5. Direito à informação e à educação.
  6. Direito à privacidade.
  7. Direito à saúde e à proteção desta.
  8. Direito a construir relacionamento conjugal e a planejar sua família
  9. Direito a decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los.
  10. Direito aos benefícios do progresso científico.
  11. Direito à liberdade de reunião e participação política
  12. Direito a não ser submetida a torturas e maltrato.


Quando o sangue é de uma mulher machucada, a ferida é de todos nós - é o que sempre digo. Afinal, como pode uma sociedade ser sã, se aquelas as quais cabem gerar as pessoas não está sã?Como pode uma mulher machucada fisicamente e estuprada psicologicamente, criar indivíduos capazes de serem humanos?

A luta é de todos nós.

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