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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Se pode acontecer qualquer coisa...

É estranho. Pensando em ti nas ocasiões mais bobas do dia, mas por qual motivo refiro-me à isto neste texto, se tod@s dizem isso quando estão encantad@s?! Para que me valer de tanto mais do mesmo?! Não sei por que é assim, mas é.


Tu chegaste há alguns meses. Primeiro veio teu nome e na minha mente as imagens de como tu serias iam longe. Depois, surgiu-me a tua imagem de carne. Tu, então, tornaste-se uma diferente e complexa figura de minha semana. Algo bonito e misterioso. Tive vontades de tocar-te, e por vez não resisti aos teus cachos. Mas tuas exigências rotineiras fizeram-me desviar os olhares em outros rumos. Entretanto, no fim de nossas semanas doismileonzeanas percebi que é a ti que quero. E suspiro. A cada momento que divido o lado de meu corpo com o teu é sublime. Desejo-te. Quero-te. Agora, pacientemente, esperar-te-ei na altivez da noite que caiu.


Tu és o ontem e o amanhã, belo, belo, mais que belo. Tu és como o vento que leva longe o perfume das rosas. Tu es mon rêve défendu.

Abre aspas:


Talvez haja entre nós o mais total interdito
Mas você é bonito o bastante
Complexo o bastante
Bom o bastante
Pra tornar-se ao menos por um instante
O amante do amante
Que antes de te conhecer
Eu não cheguei a ser
...

Nossos destinos são mutuamente interessantes
Um instante, alguns instantes
O grande espelho
E aí a minha vida ia fazer mais sentido
E a sua talvez mais que a minha,
Talvez bem mais que a minha
Os livros, filmes, filhos ganhariam colorido
Se um dia afinal
eu chegasse a ver que você vinha
E isso é tanto que pinta no meu canto
Mas pode dispensar a fantasia
O sonho em branco e preto
Amor mais que discreto
Que é já uma alegria
Até mesmo sem ter o seu passado, seu tempo
O seu agora, seu antes, seu depois
Sem ser remotamente
Se quer imaginado
Se quer imaginado
Se quer
Por qualquer de nós dois

sábado, 10 de dezembro de 2011

Vem e estraga tudo?

...Psicótico, neurótico, todo errado, só porque eu quero alguém que fique 24 horas do meu lado.









Já te esqueci. A culpa não foi minha.

Tu eras uma obra de arte, magnânima, e eu de súbito me envolvi em seus encantamentos. Afinal, eu, de sempre dizer sim, poderia negar-te algo?! Poderia olhar em tua face e dizer-te não?! Tu que me eras tão bom, tão prestativo, tão luz.


E eu em meus erros, fui. Deixei-me levar em teus desvaneios. Fomos pausadamente conduzindo nossas mentes a encontros cada vez mais reiterados.

Mas o que me aconteceu que tu sumistes? Tu te fostes, assim, do nada. Sendo um meu pequeno princípe, talvez.

E do tempo, retornastes.


Esse teu tempo de ida e retorno foram suficiente para mostrar-me o quão efêmero deveriam ser realmente os nossos laços.


Então, sem palavras, sem saudades, digo-te que tu fostes porque assim o quis e voltastes porque assim o quis. Não indagastes nada à mim.


Ofereço-te, portanto, meu amigo, uma memória.


Apenas.

sábado, 26 de novembro de 2011

Ele pode esperar em silêncio

O que é sentir o rosto do ser desejado pela primeira vez olho no olho?





Eu amei-te por séculos nestes poucos dias que estamos lado a lado.



“‎[...]De onde em onde, ela punha os olhos sobre mim, denotando uma grande vontade de me adivinhar, e eu fugia deles com medo de me trair.[...]”


Em: O Cemitério dos Vivos - Lima Barreto




Em você tremer.

domingo, 30 de outubro de 2011

Como você reage a “brincadeiras” machistas dos amigos?

A exposição ao humor machista pode levar à tolerância de sentimentos hostis e discriminação contra as mulheres. Nossa atitude leva os homens a acreditar que o comportamento machista está dentro dos limites de aceitabilidade social.

Quando um homem conta uma piada ou faz uma brincadeira machista, você é uma das pessoas que diz: “Você sabe que eu não acho isso engraçado”, mesmo correndo o risco de ser chamada de “feminista sem senso de humor”? Para ser sociável você tem de rir? Afinal, “os homens fazem as brincadeiras machistas por diversão!”, “São só brincadeiras!”, dizem-me as mulheres que acham graça delas. Bom, nesse caso, parece que, essas mulheres, para serem aceitas no grupo, precisam rir das brincadeiras e das piadas, pois só assim serão tratadas como igual.

Circo da Madalena. Imagem de Dayla Duarte, no Flickr em CC, alguns direitos reservados.

Muitas mulheres dizem que “homem não presta”, que “homem é assim mesmo” e aceitam as brincadeiras machistas, porque tal comportamento é da natureza e do instinto masculino. E muitos deles ficam aborrecidos se chamados de machistas, pois não se consideram como tal, e, portanto, não admitem serem enquadrados em qualquer definição sexista. Infelizmente, o machismo é tão poderoso e tão prevalente porque muitas pessoas acham que está tudo bem.

Quero deixar claro que, se uma piada é engraçada, eu vou rir! Porém, penso que é importante as mulheres reagirem honestamente, se algo na piada as deixa desconfortáveis. As brincadeiras de cunho machista se perpetuam porque o preconceito contra a mulher ainda é visto como algo menor, que não chega a despertar repugnância. E precisamos deixar bem claro que não é. O preconceito contra mulheres é muito grande, é pernicioso, é relevante! E, com nossa atitude autêntica, apontar o machismo nas brincadeiras é só mais uma forma de alertar para a existência dele.

A mulher tem um papel fundamental na mudança do machismo cultural brasileiro, mas, sem consciência de que ele existe e é perpetuado por ela, isso será impossível. Acontece que, quando pessoas como eu apontam o machismo em comentários, piadas e brincadeiras, há mulheres que dizem que somos exageradas, que a intenção do homem não era machista, e, portanto, a ação em si não era machista. Isto não só ajuda a perpetuar esses comportamentos machistas, como também estimula o ressentimento para com as feministas e o movimento em favor dos direitos da mulher.

A Srta. Bia disse, em um de seus posts, “que existe um paradigma da vulgaridade, o sexo nunca foi tão exposto, nossa sexualidade parece ter sido sequestrada pela pornografia“. As piadas machistas perpetuam o machismo, pois mostram que as mulheres devem ser usadas como objetos sexuais, e solidificam a ideia de que os homens são melhores do que elas. Algumas piadas banalizam a violência e a agressão sexual e perpetuam a ideia de que a violência contra mulheres seja tolerada.

Meu objetivo não é culpar as mulheres, mas apontar o perigo de reproduzirmos os valores tradicionais, ao aceitarmos tais atitudes como normais e próprias da natureza masculina. Se, sempre que vemos alguém, em casa ou no trabalho, fazendo piada machista, e não reagimos honestamente, o machismo continua vivo. Percebo o ar de satisfação nos colegas de trabalho quando as mulheres riem de suas brincadeiras. É como se enviassem uma mensagem de que está tudo bem, que nós não nos importamos, que eles têm nosso apoio. Será que nós, mulheres, não ajudamos a perpetuar o machismo de alguma forma?

A exposição ao humor machista pode levar à tolerância de sentimentos hostis e discriminação contra as mulheres. Nossa atitude leva os homens a acreditarem que o comportamento machista está dentro dos limites de aceitabilidade social. Uma pesquisa alerta que as pessoas devem estar cientes da prevalência do humor depreciativo na cultura popular, e que o pretexto de que são “diversões benignas” ou de que são “só uma piada” dá-lhe o potencial para ser uma força poderosa e difundida, e que pode legitimar preconceitos em nossa sociedade.

O que você pode dizer em resposta a piadas desse tipo?

  • Diga que não é nada engraçada uma piada sobre estupro, por exemplo, porque o estupro é um evento traumático e um crime violento. Brincar sobre este tipo de violência nos faz esquecer o que ele realmente é, e como ele é sério. Há uma boa chance de que alguém na sala tenha uma pessoa próxima que foi violada ou sexualmente agredida.
  • Se alguém diz que o piadista faz as brincadeiras para “alegrar” o ambiente, você pode dizer que, ainda assim, não acha engraçado. Não se surpreenda se disserem que você não tem senso de humor. Você plantou uma semente deixando clara a mensagem de que você não corrobora com atitudes que perpetuam o machismo.
  • Saiba que você não está sozinha ao reagir a um comentário machista. É provável que ninguém mais tenha se pronunciado contrariamente à brincadeira, porém não concorda com ela. Outras pessoas sentem-se aliviadas quando alguém fala e são encorajadas a se manifestar também.
  • Mesmo se você for a única a não rir, os “humoristas” saberão exatamente o que há de errado com um comentário ou piada aparentemente simples. Deixe-os saber o impacto que tem sobre você ou outras pessoas. A maioria das pessoas são razoáveis ​​e uma vez que reconhecem as origens do potencial de dano de uma brincadeira machista, eles encontrarão outras formas de fazer piadas.

Como reagir a piadas machistas?

Eu, geralmente fico séria, ignorando completamente a brincadeira. A maioria das pessoas querem uma reação, boa ou ruim. O objetivo é chocar. Não é necessário fazer um discurso a cada situação desconfortável diante de uma piada machista. Respostas simples são muitas vezes eficazes.

Quando um colega de trabalho me perguntou se eu queria ver um “convite” que ele fizera para um evento só de homens, com fotos de mulheres “gostosas” e em trajes sumários, eu, naturalmente, disse que não queria ver, pois ele sabia que sou feminista. E, em nome de nossa amizade, era melhor ele não me mostrar estas coisas. Ele apenas respondeu “tudo bem” e guardou o convite.

Quando reagimos assim a um comentário ou brincadeira machista, é possível que a pessoa que os fez vá continuar a fazer tudo de novo; porém, se mantivermos o mesmo comportamento, de explicar que não compartilhamos risadas a comentários humorísticos envolvendo a mulher, logo ela perceberá que nossa luta pelo fim da violência contra a mulher é séria, e que machismo e violência contra a mulher não são motivo de riso.

E você, como reage às sessões de humorismo machista dos amigos, em seu dia a dia?

Por: Denise Rangel.

Há muito tempo eu precisava postar este texto aqui.

disponível em: http://blogueirasfeministas.com/2011/09/brincadeiras-machistas/


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Pois o jeca quando canta tem vontade de chorar.


"Abancado à escrivaninha em São Paulo

Na minha casa da rua Lopes Chaves
De supetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.

Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus!
Muito longe de mim

Na escuridão ativa da noite que caiu
Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos,
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.

Esse homem é brasileiro que nem eu."

Sentimentos sutis e crus, simples, são tão enormes. Não se precisa definir afeto em outdoors, não é preciso fazer exposições espetaculares. SENTImento, sente-se. Assim como esse simples brasileiro, pálido, magro de cabelo escorrendo nos olhos, que tem sua pequena mulher e a ama à sua maneira, às vezes similar a bicho, às vezes fazendo poesia em rodas de viola, eu gosto de ti. Sem precisar gritar, sem precisar dar nós - quando algo vira nó, é sinal que o laço já se foi, sem precisar de outros. Quero-te, meu amor, resplandecente e altivo, para nós.

[...]Às vezes saio a caminhar pela cidade
Procura de amizades
Vou seguindo a multidão
Mas eu me retraio olhando em cada rosto
Cada um tem seu mistério
Seu sofrer, sua ilusão.


sábado, 1 de outubro de 2011

A gente chegou tão perto do tudo e viramos nada em um segundo.


Não quero me encantar com ninguém.



Tragando a dor. Era tão previsível, sim?! As aparências talvez não enganem tanto. Era sempre claro, tudo. O ser humano às vezes não está, às vezes é. E se o Cazuza ontem foi dormir todo encolhido, chorando bem baixinho para nem ele e nem Deus ouvir, hoje quem irá fazer isso sou eu. Será difícil acordar calada.



Estou cansada e você também
Vou sair sem abrir a porta
E não voltar nunca mais
Desculpe a paz que lhe roubei
E o futuro esperado que nunca lhe dei
É impossível levar um barco sem temporais
E suportar a vida como um momento além do cais
Que passa ao largo do nosso corpo
Não quero ficar dando adeus
Não, não sou eu quem vai ficar no porto chorando
Lamentando o eterno movimento dos barcos



domingo, 28 de agosto de 2011

Se existe uma ciência das sociedades, é de esperar que ela não se limite a SER PARÁFRASE DE PRECONCEITOS TRADICIONAIS, e sim, que mostre as coisas de maneira diferente da encarada pelo vulgo; pois o objetivo de toda ciência é descobrir, e toda descoberta desconcerta mais ou menos as opiniões formadas.

É preciso desconfiar sempre das primeiras impressões, - eis o preceito que sempre se deve ter em mente.

-Émile Durkheim


sábado, 13 de agosto de 2011

O problema é que quero muitas coisas simples, então pareço exigente.


Eu? Eu não sou somente boa. Sou uma pessoa muito bonita. Generosa e linda – e quem agüentar, agüentou. Como prêmio, terá meu amor. Saberá da minha verdade. Dará boas gargalhadas. Mas terá que suportar uma boa dose daquilo que sinto. Pois, apesar de tudo ser diversão, nada é simples. Nada é pouco quando o mundo é o meu. Acho sim, que, às vezes, dou trabalho. Mas é como ter um Rolls Royce: se você não quiser ter que pagar o preço da manutenção, mude para um Passat.

A mim, o que me consola é saber que você nunca passará disto: um embuste humanitário. Alguém que, mesmo morando numa mansão, continuará com movimentos de quitinete. Devo assumir: agora eu não sou mais seu porque você não me quer mais. Agora é assim. Depois, não estarei por perto para não correr o risco de sucumbir quando você quiser de novo meu pau, minhas mãos, meus sorriso, meus discretos porres, minha palavras. Sei que aquilo que a movia para mim é o mesmo que move todos os fantasmas que querem voltar à vida. E dar vida você podia, fazer com que eu acreditasse em você, você podia. Mas me deixou vacilando entre alegrias e desesperos, como um ponteiro quebrado. É sobre isso que quero falar: sobre como estive morrendo por não estar contigo. Como mudavam os meus dias se você não me ligava. Se eu pudesse escolher, dormiria até tudo passar. E vai passar. Falo sobre o que eu não sei. Como os apaixonados fazem. Os apaixonados desprezados. Os que sofrem por amor e acham que devem sempre falar sobre isso. Sobre as suas más condições. De estarem prestes a morrer, sabendo que não vão morrer. Você se fodeu, você me perdeu. Morreu e me matou. Nós nos fodemos, só que eu ainda terei a existência de mil gerações. Eu serei eterno. Vou escrever um livro inteiro para provar que sou sublime.




Eu sempre soube que quando fosse a hora eu deixaria você ir longe, sofrendo


Fernanda Young, trechos.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Deixa ali teu endereço qualquer coisa, aviso.



"A porta está fechada, não adianta bater.
E foi tão bom constatar que não me atinge mais.
Não me entristece, não me aborrece, não me tira o sono. Passa por mim.
Mas, não me atravessa. Foi-se o tempo. E foi-se o tempo faz tempo."







Por tanto tempo eu gostei de te escutar. Para mim era suficiente o fato de que estiveste dividindo comigo o que te acontecia ao dia. E a partir disso comecei a te buscar por todos os lugares na rua, no supermercado, na praia, na fila do ônibus, para que, finalmente, eu pudesse encontrar-me em tua vida. Virei uma caçadora de ti. Teve um momento no qual eu pensei que as coisas iriam dar certo. Mas não foi. Não fostes. E agora eu prefiro dormir a ver-te.



quarta-feira, 13 de julho de 2011

.17. se eu for aí, faça valer a pena.




[...] Quero pão novo
Pouca conversa
Uma casa aberta
Um ótimo vinho
Flores do campo
Banho quentinho
Uma sobremesa
Um atrevimento
Dedicação
Muito carinho
Derretimentos
Pra compensar [...]






terça-feira, 5 de julho de 2011

...Anarquia, este sonho de justiça e de amor entre os homens...


Não existe legitimidade intrínseca do poder! E a partir dessa posição, a démarche consiste em perguntar-se o que é feito do sujeito e das relações de conhecimento no momento em que nenhum poder é fundado no direito nem na necessidade; no momento em que qualquer poder jamais repousa a não ser sobre a contingência e a fragilidade de uma história; no momento em que o contrato social é um blefe e a sociedade civil um conto para crianças.
FOUCALT, Michel. Do Governo dos Vivos.



Platão usou, primeiramente, o termo anarquia num sentido pejorativo : caos, desordem.

Para ele, a primeira exigência da sociedade democrática é a liberdade. Dessa forma, a democracia produz anarquia não só em nível político, mas também nos desejos.

GOVERNO DE TODOS = GOVERNO DE NINGUÉM.

"A liberdade excessiva conduz a maior e mais rude escravidão"

Esse sentido platônico de anarquia voltou a aparecer no Iluminismo, na enciclopédia de Diderot e d'Alembert, como verbete. Enquanto que muitos consideram Diderot um anarquista, pois defendia que "o homem só será livre quando o último déspota for estrangulado com as entranhas do último padre".

Na Revolução Francesa, aqueles que lutavam pela divisão de poderes foram chamados de anarquistas. No século XIX, os apoiadores do Liberalismo também foram chamados de anarquistas, no caso, anarquistas da economia.

O Liberalismo, porém, é a ideologia da burguesia; sendo o burguês, acima de tudo, um solitário. Uma dita transposição das leis econômicas em relação à moral, sendo impessoal, em nada tem a ver com anarquia. Afinal, ser impessoal não significa ser " justo". Obediência é diferente de submissão. Diziam os liberalistas que a Lei está acima de nós, "quanto mais obediente mais livre eu sou".

Proudhon desafiou o predomínio do Platonismo em desqualificar a anarquia, lançando em 1840, "O que é a propriedade?". Para ele, a propriedade é um roubo. Dessa forma, Proudhon foi de encontro ao que existia de menos controverso em sua época. "Em suma, a propriedade, após despojar o trabalhador pela usura, assassina-o lentamente pelo esgotamento; ora, sem a espoliação e o assassinato a propriedade não é nada; com a espoliação e o assassinato ela logo perece, desamparada: logo, é impossível. A propriedade é impossível porque com ela a sociedade se devora...Se eu tivesse que responder à seguinte pergunta: O que é a escravidão? e respondesse numa palavra: É o assassinato, meu pensamento seria imediatamente compreendido. Não teria necessidade de um discurso muito longo para mostrar que o poder de espoliar o homem do pensamento, da vontade, da personalidade, é um poder de vida e morte, e que escravizar um homem é assassiná-lo. Por que, então, a esta outra pergunta: O que é a propriedade? não posso responder da mesma forma: É o roubo, sem ter a certeza de que não serei compreendido, embora essa segunda proposição não seja mais que a primeira transformada?". A terra é como a água e o ar para o ser humano, portanto, a liberdade e a propriedade assume o valor de sua vida. A propriedade é um latrocínio, ou seja, um roubo seguido de morte.

O anarquismo não é teoria social, e sim, um conjunto de concepções, de postulados que convergem. O anarquismo é multifacetado, desta forma, os anarquistas podem dizer : minha anarquia.

Aquilo que nos oprime não é só o poder.
"Não é a autoridade do Estado, mas o machismo, que me oprime" - diz as feministas.
"Não é a autoridade do Estado, mas o racismo, que me oprime" - diz os negros.
"Não é a autoridade do Estado, mas o psicológico, que me oprime" - diz os loucos.
"Não é a autoridade do Estado, mas o macho, que me oprime" - diz os homoafetivos.
"Não é a autoridade do Estado, mas a autoridade paternal, que me oprime" - diz os jovens.

"O primeiro homem que, havendo cercado um pedaço de terra, disse 'isso é meu', e encontrou pessoas tolas o suficiente para acreditarem nas suas palavras, este homem foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras e assassínios, de quantos horrores e misérias não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando os marcos, ou tapando os buracos, tivesse gritado aos seus semelhantes: Livrem-se de escutar esse impostor; pois estarão perdidos se esquecerem que os frutos são de todos, e a terra de ninguém!"


Jean Jacques Rousseau, Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens.



" O amor deve ser livre, como o pensamento e o trabalho, de qualquer tirania e preconceito".


Fim da primeira parte.

sábado, 2 de julho de 2011

...que se faz aos poucos


...A garganta ia sendo molhada pela coca-cola gelada que ele lhe ofereceu. Ele era assim. Lhe oferecia balas, refrigerantes, ria com ela, conversava com seu silêncio e se oferecia para ser seu travesseiro na falta de um. Muitas vezes ela confundia essa coisa de amor, com essa coisa de amigo, mas talvez essas coisas aí fossem só problemas de nomenclatura…


sexta-feira, 1 de julho de 2011

No meio dessa paisagem onde tudo me fascina.


"Pode ser, mas... Suponhamos. Eu já vivi isso. E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Cheiros íntimos, secretos. Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo, No tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido. Você também tem cheiros. As pessoas têm cheiros, é natural. Os animais cheiram uns aos outros. No rabo. O que é que você queria? Rendas brancas imaculadas? Será que amor não começa quando nojo, higiene ou qualquer outra dessas palavrinhas, desculpe, você vai rir, qualquer uma dessas palavrinhas burguesas e cristãs não tiver mais nenhum sentido? Se tudo isso, se tocar no outro, se não só tolerar e aceitar a merda do outro, mas não dar importância a ela ou até gostar, porque de repente você até pode gostar, sem que isso seja necessariamente uma perversão, se tudo isso for o que chamam de amor. Amor no sentido de intimidade, de conhecimento muito, muito fundo. Da pobreza e também da nobreza do corpo do outro. Do teu próprio corpo que é igual, talvez tragicamente igual. O amor só acontece quando uma pessoa aceita que também é bicho. Se amor for a coragem de ser bicho. Se amor for a coragem da própria merda. E depois, um instante mais tarde, isso nem sequer será coragem nenhuma, porque deixou de ter importância. O que vale é ter conhecido o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo. Porque então você se ama também."

[Caio Fernando Abreu, Pela noite]

E apagando a luz
Eu devo ter bocejado e adormecido em outra noite triste.
E, com certeza, fiquei ouvindo o barulho da chuva no telhado.
O dia antes de você ter vindo.



sábado, 18 de junho de 2011

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Que força tem o amor de quem sabe se dar e transforma tudo em fonte de beleza



Em Peri, o sentimento era um culto, espécie de idolatria fanática, na qual não entrava um só pensamento de egoísmo; amava Cecília não para sentir um prazer ou ter uma satisfação, mas para dedicar-se inteiramente a ela, para cumprir o menor de seus desejos, para evitar que a moça tivesse um pensamento que não fosse imediatamente uma realidade.

Ao contrário dos outros ele não estava ali, nem por ciúme inquieto, nem por uma esperança risonha, arrostava a morte unicamente para ver se Cecília estava contente, feliz e alegre, se não desejava alguma coisa que ele adivinharia no seu rosto, e iria buscar nessa mesma noite, nesse mesmo instante.

O Guarani - trecho.



Pode o dia escurecer
E até o mundo se acabar
Eu invento a luz
Faço a vida nascer
De outro lugar
Quem ama de verdade
Tem o dom da criação
E pode até voar
Pelo infinito da paixão ♫




Para hoje :
O passado e o futuro nunca se encontram. O que ficou para trás não volta mais. É por isso que o homem de sabedoria vive cada dia como se fosse o último, ele sabe que o que ele diz e o que ele faz é definitivo como a morte. Nunca mais ele pode voltar para corrigir. Tudo o que se faz de ruim hoje poderá amanhã ser compensado com um coisa boa, mas será sempre compensação. Aquilo que você fez de errado não se apaga- fica gravado no tempo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Luz e Mistério


É difícil começar. Eu nunca confessei, mas é. Sem medo. O medo e a indecisão são fantasmas que é preciso espantar antes do primeiro passo. Ainda não chegamos. Eu estava esperando, vocês vinham pra cá pensando em mim, talvez... Mas ainda não chegamos, ainda não estamos realmente face a face, embora a luz comece a se elevar timidamente.
Estamos esquentando. Um sorriso, por que não ? Talvez a música ajude.
Eu não te prometo nada, muito menos não te fazer sofrer. Eu vou te entreter. Por algum tempo eu vou te seduzir, te amar e por fim te deixar. Você sabe disso, eu também.
Mas daqui a pouco você vai esquecer e eu também.
Faz parte do jogo.
Faz parte da vida.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Quando me perguntam de você, fico sem palavras, não sei o que dizer.


Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.

para MC

Abre aspas

CAPITALISMO IDEAL:
Você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro. Eles se multiplicam, e a economia cresce. Você vende o rebanho e aposenta-se, rico!
CAPITALISMO AMERICANO:
Você tem duas vacas. Vende uma e força a outra a produzir leite de quatro vacas. Fica surpreso quando ela morre.
CAPITALISMO FRANCÊS
Você tem duas vacas. Entra em greve porque quer três.
CAPITALISMO CANADENSE:
Você tem duas vacas. Usa o modelo do capitalismo americano. As vacas morrem. Você acusa o protecionismo brasileiro e adota medidas protecionistas para ter as três vacas do capitalismo francês.
CAPITALISMO JAPONÊS
Você tem duas vacas. Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite. Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e os vende para o mundo inteiro.
CAPITALISMO BRITÂNICO:
Você tem duas vacas. As duas são loucas.
CAPITALISMO HOLANDÊS:
Você tem duas vacas. Elas vivem juntas, não gostam de touros e tudo bem.
CAPITALISMO ALEMÃO
Você tem duas vacas. Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecidos, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos.
CAPITALISMO RUSSO
Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta de novo e vê que tem 42. Conta de novo e vê que tem 12 vacas. Você pára de contar e abre outra garrafa de vodca.
CAPITALISMO SUÍÇO
Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Você cobra para guardar a vaca dos outros.
CAPITALISMO ESPANHOL
Você tem muito orgulho de ter duas vacas.
CAPITALISMO PORTUGUÊS
Você tem duas vacas. E reclama porque seu rebanho não cresce.
CAPITALISMO CHINÊS
Você tem duas vacas e 300 pessoas tirando leite delas. Você se gaba de ter pleno emprego e alta produtividade. E prende o ativista que divulgou os números.
CAPITALISMO HINDU
Você tem duas vacas. Ai de quem tocar nelas.
CAPITALISMO BRASILEIRO
Você tem duas vacas. Uma delas é roubada. O governo cria a CCPV - Contribuição Compulsória pela Posse de Vaca. Um fiscal vem e te autua, porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais. A Receita Federal, por meio de dados, também presumidos, do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presumia que você tivesse 200 vacas e para se livrar da encrenca, você dá a vaca restante para o fiscal deixar por isso mesmo.





fecha aspas.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

De Sol a Sol.







G
osto de pessoas que não perguntam porque estou calada. Gosto de pessoas que entendem meu silêncio e apenas continuam ali.


Meu santuário, minha eternidade.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Mas amor não se pede, imagine só.

- tu és a primeira coisa que penso quando me dizem : "faça um pedido".

"Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa."


(Carlos Drummond de Andrade)



sábado, 28 de maio de 2011

Mais e melhor.


"Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê." É três vezes deficiente: não percebe, não compreende e não consegue dizer. Porque se limita a apenas um lado da vida, a sua realidade distorcida. Não se permite imaginar, deixar sua mente navegar pelo desconhecido, pelo diferente universo no qual a leitura nos coloca. Está longe de enxergar o que pode ser e às vezes vê mal até aquilo que está ao seu alcance, tornando o ver apenas um olhar.

Pessoas que não fazem da leitura um hábito, não conseguem fazer relação entre as coisas. Só absorvem as informações passadas por outros e as transformam em suas. Agonizam na hora de ser humano, pois fracassam no que nos faz ser animais racionais.

Ainda estou levemente indisposta devido a um resfriado.
Ainda extasiada com o show da Zizi Possi.



domingo, 22 de maio de 2011

Pão quente...amor que esfria...

Maio já está no final
O que somos nós,afinal, se já não nos vemos mais?
Estamos longe demais.
Longe demais.

Definitivamente é melhor parar, pontuar com um final e seguir.


Amanhã é 23, são oito dias para o fim do mês.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ilusões e irresponsabilidades

Gravidezes irresponsáveis atingem mulheres de todas as faixas etárias no Brasil. A prova disso é o número de abortos realizados por mulheres casadas e com filhos, e a perspectiva de, a cada minuto, nascer uma criança filha de adolescentes.
Por hora, três meninas de idades entre 10 e 14 anos se tornam mães. Sabe-se que a gravidez precoce é uma das principais causas de evasão escolar, e, segundo uma série de estudos científicos, uma das causas da violência - filhos indesejados, rejeitados, descuidados, são um óbvio estímulo à marginalidade.
Outro problema é o abandono de crianças por seus pais, que mesmo caracterizando um crime previsto no código penal, insiste em se tornar rotineiro . As penas variam de 6 meses a 12 anos de reclusão, dependendo das consequências sofridas pelas vítimas, porém presenciamos que as pessoas cometedoras desse crime não estão sendo punidas adequadamente.
É preciso acabar com essas ilusões de "filhos de propaganda de margarina", as coisas em família não são tão belas e quando se percebe isso, muitas vezes já é tarde demais. Dessa forma, restam abandonos, abortos e péssimas condições para a criação de uma pessoa.

sábado, 14 de maio de 2011

Que não pode esconder a cicatriz de um povo de bem que vive mal!



A Constituição de 1988 tornou a prática do racismo crime sujeito a pena de prisão, inafiançável e imprescritível. A legislação brasileira já definia, desde 1951, com a Lei. 1.390/51, os primeiros conceitos de racismo, apesar de não classificar como crime e sim como contravenção penal (ato delituoso de menor gravidade que o crime). Os agitados tempos da Regência, na década de 1830, assinalam o anti-racismo no seu nascedouro quando uma primeira geração de brasileiros negros ilustrados dedicou-se a denunciar o "preconceito de cor" em jornais específicos de luta (a "imprensa mulata"), repudiando o reconhecimento público das "raças" e reivindicando a concretização dos direitos de cidadania já contemplados pela Constituição de 1824.

Segundo dados do Censo de 2000 promovido pelo IBGE, o Brasil possui 169,8 milhões de habitantes, dentre os quais 76,4 milhões seriam pessoas negras (pardos e pretos), o que corresponde a 45% dos habitantes, o que tem levado à afirmação de que o Brasil seria a segunda maior nação negra do mundo fora do Continente Africano, o que tem sido contestado pelo movimento mestiço que entende que esta idéia despreza as populações mestiças (pardas) de regiões como a Amazônia, onde os caboclos formam a absoluta maioria dos pardos, e também a auto-identificação dos mestiços afrodescendentes. A pesquisa peca ao tomar as várias respostas não-brancas, mas também não-negras, como sinônimas de "negro", caindo na tradição norte-americana de classificar todos os não-brancos "puros", como negros. A pesquisa segue uma tendência vista recentemente de tentar instaurar no Brasil uma dicotomia racial à semelhança da norte-americana. Verifica-se uma disseminada tendência de acirrar os ânimos "raciais" no país, com vias a criar uma certa luta de "classes", destruindo assim a maior obra realizada no Brasil: o pleno convívio das raças, em que as famílias compõem-se de pessoas de todas as cores e feições sem que ninguém, via de regra, as estranhe. Ao brasileiro a homogeneidade humana é algo estranho.

Dados do IPEA, revelam que o Brasil possui um contigente de 53 milhões de pobres e 22 milhões de indigentes. Verificou-se que os negros em 1999 representavam 64% da população pobre e 69% da população indigente. Os brancos por sua vez, sendo 54% da população total brasileira, representavam 36% dos pobres e 31% dos indigentes. A situação claramente se coloca como a herança ainda não apagada do passado desestruturado da escravidão.

O "nascer negro no Brasil está relacionado a uma maior probabilidade de crescer pobre", Ricardo Henriques.

No Brasil, a Lei nº 12.288/10, de autoria do Senador Paulo Paim, instituiu o Estatuto da Igualdade Racial. Segundo o artigo 1º, o Estatuto da Igualdade Racial tem por objetivo “combater a discriminação racial e as desigualdades raciais que atingem os afro-brasileiros, incluindo a dimensão racial nas políticas públicas desenvolvidas pelo Estado”. Discriminação racial é definida pelo texto legal como “toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo, ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais” (art. 1º, § 1º). Já desigualdades raciais, por sua vez, como sendo “situações injustificadas de diferenciação de acesso e gozo de bens, serviços e oportunidades, na esfera pública e privada”.



Segundo o autor do projeto:

“Não queremos a cultura afro-brasileira vista, sentida e experimentada somente nas práticas religiosas, música ou alimentação. Queremos a cultura do negro inserida nas escolas, no mercado de trabalho, nas universidades, pois o negro faz parte do povo brasileiro. Cultivar as raízes da nossa formação histórica evidentes na diversificação da composição étnica do povo é o caminho mais seguro para garantirmos a afirmação de nossa identidade nacional e preservarmos os valores culturais que conferem autenticidade e singularidade ao nosso país. É imprescindível que haja união entre as pessoas, povos, nacionalidades e culturas. Todos os esforços para combater as barreiras discriminatórias são subsídios concretos para a formação de um novo ser humano, capaz de elevar-se à altura de seu destino e evitar destruir a si mesmo.”


"Com base no Estatuto da Igualdade Racial é possível exigir do Estado medidas concretas para atender um interesse individual ou coletivo, bem como pode um ente político exigir do outro a sua contribuição nos projetos e ações destinadas a combater a “discriminação racial” e as “desigualdades raciais” que atingem os afro-brasileiros. Desse modo, o argumento de alguns de que o Estatuto da Igualdade Racial é um texto de compromisso ou simplesmente sugestivo sem qualquer característica de coercitividade não procede, já que ele trata do dever do Estado, regulamentando a Constituição Federal e definindo qual a postura do Estado com relação à proteção e promoção dos interesses dos afro-brasileiros. Se a proteção dos direitos fundamentais, a teor do § 2º do artigo 5º da Constituição Federal, tem aplicação imediata, podendo-se exigir do Estado, por meio do Poder Judiciário, o exercício de qualquer direito fundamental, independentemente de lei ou ato normativo infraconstitucional, o Estatuto da Igualdade Racial serve para delimitar e direcionar esse dever fazendo surgir ao Estado um dever comissivo específico, consequentemente, inaugurando sua responsabilidade em razão de uma omissão, bem como norteando a atuação do Poder Judiciário e dos titulares da proteção dos direitos difusos e coletivos." Calil Simão.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Pensando bem...

Há muito tempo eu vivi calada mas agora resolvi falar
Chegou a hora, tem que ser agora e com você não posso mais ficar
Não vou ficar não
Toda a verdade deve ser falada e não vale nada se enganar
Não tem mais jeito e tudo está desfeito
e com você não posso mais ficar
Não vou ficar não
Por isso resolvi agora lhe deixar de fora do meu coração
Com você não dá mais certo
e ficar sozinha é minha solução
É solução sim
Não vale a pena
Ficar tentando em vão
O nosso amor não tem mais condição
Não não não não não não não!

Não Vou Ficar - Tim Maia

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sábado, 7 de maio de 2011

Mas a lição que eu aprendi no sábado é que não vale a pena consertar um carro pela décima vez.


É mais fácil comprar um novo e fim de papo.


Tenho sentido coisas inexplicáveis, carências incuráveis… Ninguém acredita, mas eu sou uma pessoa muito sozinha. Não pense que isso é ruim não, porque ruim é não sentir nada, a solidão faz parte. Tenho sentido uma vontade sobrenatural de ligar para alguém que já não me atenderia mais, tenho vontade de dizer que faz falta o que não vivi. CFA


http://www.youtube.com/watch?v=FS1ClOWX5S4&feature=related

terça-feira, 3 de maio de 2011

Talvez, acabando, comeces...


Fazes falta?! Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta, não fazes falta a ninguém.
Sem ti correrá tudo sem ti.

És importante para ti, porque é a ti que te sente.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
e o próprio universo e os outros.
Satélites da tua subjetividade objetiva.

És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?

Fernando Pessoa - Cit.










NÃO ME PEGUEM NO BRAÇO!
NÃO GOSTO QUE ME PEGUEM NO BRAÇO. QUERO SER SOZINHO.
JÁ DISSE QUE SOU SOZINHO!
AH, QUE MAÇADA QUEREREM QUE EU SEJA DE COMPANHIA!